quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Três mil operários paralisam parte da Transnordestina

A greve chegou ao Sertão. Cerca de três mil operários responsáveis pelas obras da Transnordestina resolveram, após assembleia na manhã desta quarta-feira, aderir à paralisação do setor da indústria da construção pesada que teve início ontem no Complexo de Suape. Lá, a categoria reivindica melhores salários e aumento do benefício da cesta básica. Por aqui, a luta é também pela bonificação dos dias parados na greve de março deste ano e ampliação das folgas de campo, inclusive com pagamento de passagens aéreas para quem mora em outros Estados.

A decisão foi paralisar a fábrica de dormentes (vigas de concreto que sustentam os trilhos na ferrovia)- localizada em Salgueiro e sob coordenação da Odebrecht, onde há atualmente cerca de 2 mil operários - e alguns trechos como São José do Belmonte e Verdejantes, além do canteiro administrativo.

O auxiliar administrativo e coordenador da subsede do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada (Sintepav) em Salgueiro anunciou também que as atividades de mobilização serão estendidas nesta quarta Parnamirim e Araripina, onde mais três mil trabalhadores devem cruzar os braços. 

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada e Infraestrutura (Sinicon) informou que irá aguardar pela audiência marcada para esta sexta, às 11h, no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª  Região, já que considera a greve ilegal sob os argumentos de que as partes ainda estavam em processo de negociação e a paralisação não foi anunciada pelo menos com 48 horas de antecedência como prevê a lei.

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